domingo, 19 de dezembro de 2010
greve
Quando chego aqui em Juazeiro, sempre rola esse momento de conversa com a família em que eu tenho a sensação de que estou vendo a "realidade" da política assim, bem na minha cara. Concursos fraudados, manobras na câmara de vereadores, sessões fechadas, desrespeito a resoluções anteriormente votadas (e aprovadas) em plenário, uso ostensivo de força policial: mais do que procurar nos grandes fatos noticiados, basta dar uma olhada nas cidades do interior para comprovar que o estado de exceção é a regra.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
eleições que não terminam
Não sei quais foram as intenções do(s) criador(es) deste site - e confesso que intenção, em se tratando de discursos midiáticos, é um aspecto que não costuma me interessar tanto - mas eu não posso deixar de ver com simpatia o deboche presente nas imagens do Fashion Dilma. A ideia me parece uma maneira muito bem humorada de explorar o absurdo que foi, durante a campanha presidencial, as considerações cosméticas e fashionistas em torno da então candidata. A própria união via photoshop dessas duas instâncias - o mundo da moda e a presidenta eleita - já serve pra assinalar o despropósito da aproximação.
Claro que alguém pode vir falar que não deixa de ser mais uma piadinha infame que se vale dos estereótipos da futilidade pra minar a imagem da mulher na política, mas seria estreito ver apenas dessa forma. E mesmo que tenham surgido como tentativa de ridicularizá-la, as montagens se prestam muito bem a um outro tipo de apropriação.
Não custa lembrar que a imagem mais importante da campanha - a versão estilizada da fotografia da "guerrilheira" - veio inicialmente vinculada a um ataque desastroso e acabou sendo ressignificada. Um pouco nesse sentido, acho que Fashion Dilma pode ser visto também como fina ironia.
Claro que alguém pode vir falar que não deixa de ser mais uma piadinha infame que se vale dos estereótipos da futilidade pra minar a imagem da mulher na política, mas seria estreito ver apenas dessa forma. E mesmo que tenham surgido como tentativa de ridicularizá-la, as montagens se prestam muito bem a um outro tipo de apropriação.
Não custa lembrar que a imagem mais importante da campanha - a versão estilizada da fotografia da "guerrilheira" - veio inicialmente vinculada a um ataque desastroso e acabou sendo ressignificada. Um pouco nesse sentido, acho que Fashion Dilma pode ser visto também como fina ironia.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
quebra
Declaro iniciado o meu mês antissabático. Deveria ser pelo menos um trimestre, um semestre ou - Deus sabe que tenho boas intenções - um ano. Mas o período é difícil, as tentações são muitas, então convém começar com humildade. E se algo assim não existia, fica declarado que agora existe.
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